Moshe rabenu recebeu a Torah no Sinai em duas formas: a Torah Escrita e a Torah Oral (-400
AEC).
Com a proibição de escrever a Torah Oral, as tradições eram passadas de geração em geração,
nas casas, escolas e Yeshivot da época. Esta mecânica mudou drasticamente depois da
destruição do segundo Beth Hamikdash (+70 EC). Sem ter um lugar central de estudo (o
templo), e preocupados que os detalhes da tradição oral iriam se perder (incluso sobre as
leis relacionadas com serviço do templo), foi autorizado a escritura dos discursos
rabínicos.
A Mishnah foi a primeira compilação destes discursos rabínicos, é o texto de base do
Talmud, e foi compilada pelo Rabino Yehuda Hanassi antes de falecer em +217EC. Por sua
natureza as mishnayot são textos concisos, sem muito detalhes, de forma em facilitar sua
memorização.
Três séculos depois de serem escritas, as Mishnayot foram estudadas, analisadas, debatidas,
e discutidas pelos rabinos de Israel e Babilônia. Para melhor preservar todos os detalhes
das leis, os rabinos escreveram e copilaram estas analises chamadas de Gemara.
Nasce assim o Talmud Bavli composto da Mishnah e a Gemara Babilônica. O Talmud Bavli não
cobre o estudo de todas as mishnayot. Somente 37 dos 63 tratados da Mishnah tem uma Gemara
Babilônica.
A metodologia de estudo das mishnayot foi estabelecida por Rab (Rav. Abba Arika) um
discípulo de Rab Yehuda Hanassi. Em sua maioria a compilação do Talmud Bavli foi começada
por a Rav Ashe (Rosh Yeshiva de Sura de 375EC-427EC) e terminada por Ravena (que faleceu
499EC). Por sua maior popularidade, hoje quando se menciona simplesmente Talmud é uma
referencia ao Talmud Bavli.
Os mais velhos manuscritos de um Talmud Bavli completo, conhecido como o Munich Talmud data
de 1342 EC e está disponível
online.
As edições atuais do Talmud Bavli incluem explicações da gemara por Rashi (1040-1105EC) nas
margens internas; e pelos netos de Rashi e outros rabinos da época chamados de Tosafot, nas
margens externas das páginas.